Os piores vampiros não são os que sugam o teu sangue, mas os dissimulados que drenam a tua vontade de viver.
Certamente existem estirpes humanas sugadoras de sangue, porém, assim como os adeptos do piercing extremo, eles estão mais para lendas, do que algo palpável capaz de tirar a paz das pessoas. Contrário senso, os parasitas de energia psíquica estão de tal forma espalhados pelo mundo, que um deles pode estar no seio da sua família sem que você saiba.
O mecanismo mais plausível para o surgimento de um Vampiro Psíquico (VP) é a busca pelo combustível do bem estar, a felicidade, que ele não consegue obter pelos seus próprios meios. O problema é que a felicidade não nasce em árvores e não se compra na farmácia, pois tal dom é conquistado em parte mediante a adoção de boas escolhas de vida, e em parte como resultado da herança genética.
Cena clássica de detecção de um Vampiro Psíquico.
Você se acorda numa manhã radiante e se prepara para ter um lindo dia... até que se depara com uma dessas criaturas negras. Depois do encontro, se as únicas palavras na sua boca são “fulano estragou o meu dia”, bingo, você acabou de ser sugado por um VP!
Para reconhecê-los, primariamente temos que caracterizar os tipos mais comuns de Vampiros:
Pessoa sempre “para baixo”.
Este vampiro coloca qualquer um para baixo, mesmo que poucas palavras sejam trocadas com ele, às vezes até menos, pois a simples presença pode impactar negativamente o humor dos circundantes.
Antídoto: não tente insuflar luz em buracos negros, ou seja, a tendência natural das pessoas alegres é levantar o astral das pessoas “down”. Porém, com o vampiro psíquico isto não funciona, já que o único resultado prático é você PERDER o seu alto astral ao longo do processo e estragar o seu dia.
Isto parece ser um conselho politicamente incorreto e atentatório contra o princípio universal da caridade e do amor, todavia, diante de um VP inveterado, tenha certeza que a única alegria dele, consciente ou inconscientemente, será a sua derrota. Neste caso, a lei mais imediata da auto-preservação manda você zarpar para longe do perigo.
Invejoso.
Decore bem este aforismo: TODO o invejoso é um vampiro psíquico e todo vampiro psíquico tem como centro de gravidade da sua personalidade a inveja.
Antídoto: jamais ponha na mesa para qualquer pessoa os motivos da sua felicidade, os seus ganhos, as suas alegrias, conquistas e os seus projetos auspiciosos. Mesmo que você não dê importância e não perceba, o vampirismo psíquico tem o poder de arruinar a sua vida, pois muitas vezes quando eles terminam sendo descobertos, é tarde demais.
Os invejosos mais perigosos se dissimulam de bons camaradas e confidentes, até que dão o golpe pelas costas, articulando intrigas e tramando conspirações.
Coitadinho: auto-comiserativo/indeciso.
Toda a pessoa constantemente frágil é altamente suspeita de ser vampira psíquica. Quem não se valoriza, quem está sempre dependendo de conselhos para tomar decisões e encontrar um rumo, corre um sério risco de ser um Vampiro do tipo coitadinho.
Antídoto: quando você percebe ao longo da convivência que uma determinada pessoa nunca “troca o disco” e vem sempre com a mesma ladainha, é hora de VOCÊ procurar a sua praia e se afastar educada e rapidamente do convívio mais próximo.
Problemático.
Você conhece uma pessoa cheia de problemas familiares, de saúde, trabalho, etc? Assim como acontece com o auto-comiserativo, desconfie quando alguém nunca troca o disco da sua canção psicológica. Com o tempo você acaba percebendo que, quanto mais conselhos você dá, menos a pessoa os acata e menos tem vontade de mudar. Ou seja, ela usa o seu enxame de problemas para lançar redes psíquicas sobre os outros afim de enredá-los, para que possa extrair-lhes assim o sumo da boa disposição.
Antídoto: se por caso conselho fosse bom, não seria dado, pois seria vendido. É no significado deste adágio popular que repousa o antidoto contra o vampiro do tipo problemático: fique com um pé atrás contra alguém que sempre vem atrás de conselhos e mais conselhos. O problema deste tipo de relação de doação é quando acontece a ausência de mudanças na pessoa aconselhada e a paulatina perda do ânimo do aconselhador.
Reclamão: intriguento/incompreendido/injustiçado.
A pessoa que vive constantemente reclamando do salário, do trabalho, do governo, da sociedade, da esposa, do marido, da família, dos filhos, etc, manifesta um dos sintomas básicos de vampirismo psíquico. Paralelamente a isto, tal tipo de pessoa costuma cultivar a maledicência, quando elas entregam uma fofoca na esperança de obter outras e assim enredar o incauto.
Antídoto: mais dia menos dia você descobre que de nada adianta contradizer o reclamão, pois mesmo que ele possa trocar de choraminga, dificilmente renunciará ao seu ponto de vista negativo. Assim, a energia que você gasta argumentando é justamente o combustível que o reclamão precisa para ficar bem, logicamente às custas do seu estado de ânimo. Portanto, o antídoto para este tipo de gente é não cair na lógica das reclamações e não tentar defender as suas vítimas, logo, é manter-se neutro e sair pela tangente na primeira deixa é o melhor remédio.
Antídotos gerais.
A melhor atitude a tomar quando você desmascara um Vampiro Psíquico é manter distância dele e, doravante, qualquer possibilidade de estreitamento de relações deverá ser descartada. Não é preciso ser agressivo para manter tais pessoas afastadas, mas a relação, mesmo respeitando as regras da civilidade, deve ser fria o suficiente para não suscitar intimidades.
Quando as circunstâncias o obrigarem a dialogar com um VP já identificado, mantenha-se de braços cruzados protegendo a região do plexo solar, já que este é o ponto que eles atacam, porque é por onde entram as emoções negativas.
Jamais convide um Vampiro Psíquico para entrar na sua casa, pois os sugadores tem o costume de carregar consigo “objetos de poder”. Para explicar os objetos de poder, recorro a um exemplo muito simples: você lembra de alguém que sempre que entra na sua casa dá um jeito de levar algum utensílio, livro, alimento, roupa, CD, etc, emprestado ou dado? Este é um dos aspectos pitorescos do sugamento de energia, manifestado quando o vampiro provoca situações em que a dona, ou dono da casa se veem obrigados a lhe fornecer “voluntariamente” alguma coisa que ele leva embora.
Esta é uma pequena circunstância que ilustra fisicamente o que acontece na esfera psíquica; você acaba cedendo diminutas porções da sua energia na forma de tempo e atenção, sem receber nada em troca, a não ser aquela sensação de cansaço e esgotamento depois de ter se avistado com o vampiro.
Última consideração.
Não importa se os vampiros são conscientes ou não da sua condição, já que a maioria não o é, porque isto não minimiza os estragos causados por eles nos seios das famílias, tais como doenças, separações, perda de emprego, falências, perdas financeiras e até mesmo a morte. Importa, isto sim, mantê-los afastados dos seus bens, da sua intimidade e, principalmente, dos seus pensamentos e desejos, pois eles tem um grande poder empático que lhes abre portas para a aproximação e a coação.
Nossa, incrível esse post, sempre percebi pessoas assim por toda a parte, mais nunca havia pensado num termo específico. É um tema muito forte, e existem muitas pessoas que ignoram o assunto, vampiros psíquicos tenho alguns na minha vida, e o que considero pior é o invejoso e mal intencionado, que aparentemente é amigo, simpático e prestativo. Não precisei de muito tempo para me afastar desses vampiros´embora a inveja tenha sido tão grande, que me causou danos irreparáveis.
ResponderExcluirOmg, nunca tinha pensado nesse termo 'vampiros psiquicos'. 'o'
ResponderExcluirA essência não predispõe a existência.
ResponderExcluirCriar rótulos previamente para enquadrar conhecidos é um dos piores hábitos humanos.
Por esse motivo vivemos cheios de preconceitos negativos para com o outro.
Quem nunca sentiu inveja ou reclamou da vida para com um próximo que atire a primeira pedra.
Devemos viver para se aproximar, e não para afastar aqueles do nosso lado.
Como bem dizia John Lennon: tudo que precisas é amor.
Esqueça esses mitos e concentre-se na realidade: você será muito mais feliz!
Discordo de André, pois isso é um pouco mais de que simplesmente achar uma pessoa invejosa. Para quem nunca passou por essa situação fica até difícil de explicar, mas resumindo é se sentir triste e desanimado perto de algumas pessoas. Muitas são até suas amigas mas...
ResponderExcluirE por justamente todo mundo precisar de amor e de energias positivas que essas coisas acontecem, o mundo é muito mais do que a gente vê. Tão ai os quarks, o vento, a eletricidade, os campos magnéticos, a radiatividade etc, etc que não me deixam mentir.
Um abraço,